MANCE RAYDER
Essas serão
minhas últimas palavras como rei dos povos livres, eu poderia dizer que estou
feliz ou triste; mas no final tanto faz! Estamos na porta da muralha, possuímos
grandes exércitos de pessoas livres auxiliados pelos gigantes.
Todos acreditam
que abandonei a patrulha por grandeza, como se todos soubessem o destino de
todos. Mas o que me fez sair da ´´ escravidão `` não foi ouro e nem a coroa de ´´ rei ``. Pois
títulos vem e vão como poeira no ar. O que me fez realmente abandonar os votos
sagrados aos deuses, foi um olhar.
Ainda me
lembro, estava ferido, havia perdido as esperanças de chegar vivo em ´´ casa ``
mas uma mulher surgiu das sombras como uma criatura misteriosa, sem dizer
algumas palavras ela apenas curou meus ferimentos e me emprestou alguns pedaços
de pano para emendar com minha capa.
Era estranho
isso, eu pensei que selvagens apenas vivesse para a espada, mas ao ver aquela
mulher toda dedicada e caridosa com um irmão da patrulha, tive que repensar
minhas crenças e filosofias que foram impostas a mim a força.
Ao chegar
curado das feridas na muralha, havia esquecido das emendas na capa, estava tão
confortado e tranqüilo que nem percebi algo de incomum em meus trajes, mas não
demorou muito para uma ordem de troca de roupas chegassem aos meus aposentos.
Ao trocar
aquela capa, pensei que não havia liberdade na muralha, não havia diferença em
estar ali ou estar em Winterfell. As leis sempre irão nos prender de alguma
forma.
Para
alcançar a minha liberdade, a liberdade do norte; não tive outra escolha.
Abandonei tudo e a todos, assim seguindo a verdadeira paz que acalmou meu
coração atormentado por aqueles olhos selvagens que haviam salvo minha vida.
Escrevo essa
carta para o dito ´´ rei `` que obter minha cabeça a premio, liberdade não se
faz com leis e coroas, se faz com espadas e coração.
-Lucas